Eu flutuava...
Ou em nuvens, ou em ondas,
Se calhar, até voava...
Se calhar, até voava...
De um lado para o outro, inspirava
O vento que ao ar criava formas
E que, lentamente, me elevava...
No topo, flutuava...
Desfazia-me em pequenas bolhas
E, levemente, me dispersava
Eu queria, eu podia,
Sentia e conseguia
Se calhar, até voava...
Montanhas, à minha passagem, separava
E com tal leveza o fazia,
Que cada montanha, a espuma se assemelhava
Em constante mutação, a minha forma se alterava:
Eu alargava, emagrecia ou encolhia e enrolava.
Se calhar, ainda voava...
Tudo o que queria, existia!
E tudo o que tentava, alcançava!
Tal a utopia em que me encontrava!
Tudo isto, que era fugaz, se atrasava.
E o meu voo, descendente, continuava,
E, em espiral, acelerava.
Eu flutuava, mas o voo parava;
Triste, suspirava e não mais levitava.
Será que sonhava?
De facto, flutuava e até voava,
Mas não sonhava,
Porque não acordava...
:O Está fantastico!!! MESMO!!!
ResponderEliminarTambém eu o teu! É fantástico, mesmo. Escolhes muito bem as palavras :)
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